DITADURANDO
Algum tempo atrás, uma comissão para dizer a quem pertence a verdade, foi formada. Com intuito de desdizer os ditos da ditadura, tal comissão aspirava chegar aos porões das mentiras. Se algum preso político relatava ter sido torturado, os militares diziam: prove! Foi o que aconteceu com os relatos de Dilma Rousseff. Contudo, a visita de Yoani Sánchez, tem levado a que jornalistas escrevam textos sobre ela. Hoje, Flávio Tabak e Mariana Timóteo da Costa, escrevem sobre a cidadã cubana para falar de seu cabelo, vestido e postura de celebridade. Poderiam ter se mantido nesta vibração jornalística, mas não. Dizem eles “em Feira de Santana, afirmou (YS) que os responsáveis pelo espancamento eram profissionais e não deixaram marcas visíveis. Diante das suspeitas – criveis ou não – de que seria espionada por Cuba ou espiã da CIA, YS Mantém o sorriso.
Esvaziar SANCHES, deixa-la sem nada, roupa, cabelo mas, principalmente o que ela tem a dizer. Colocá-la sob suspeita, em dúvida, como se ela usasse o photoshop para modelar os fatos.
No caso Rousseff, há verdade no que ela disse, no de Sánchez não. Levar YS para um salão de beleza, falando de suas roupas, semelhanças como cantoras brasileiras é um modo sutil de esvazia-la. Não creio que os repórteres estejam sendo intencionais ao faze-lo, mas captaram bem o espírito da coisa por aqui. Há um desejo de que Cuba se mantenha nos corações, como escreveu Cacá Diegues. Mas no coração de quem, e a serviço do que? A canonização cubana, santificada pelos seus mártires marketizados”, atesta um pensamento frágil que depende de ditadores e libertários para poder existir. Vamos brincar de policia e ladrão? “, perguntou um menino para seus amigos. Um grupo prontamente respondeu: Eu quero ser policia, e o outro ladrão. O mundo havia se reduzido a isto, e qualquer empenho para sinalizar que ele é bem maior, tanto para a policia quanto para o ladrão, era motivo de morte. YS causa um desconforto por não querer ser policia, ou ladrão, quer ser outra coisa. A policia e o ladrão se uniram para acabar com YS, pois ela sinaliza que quer viver sua vida esteja onde estiver. Muita gente não suporta isto. YS é uma mulher de seu tempo, seus passos nos levam a buscar outras palavras para dizer o que se estabeleceu ser dito exclusivamente pelo que diz um ditador, quer esteja ele de farda ou usando disfarce de palhaço.
SN
Algum tempo atrás, uma comissão para dizer a quem pertence a verdade, foi formada. Com intuito de desdizer os ditos da ditadura, tal comissão aspirava chegar aos porões das mentiras. Se algum preso político relatava ter sido torturado, os militares diziam: prove! Foi o que aconteceu com os relatos de Dilma Rousseff. Contudo, a visita de Yoani Sánchez, tem levado a que jornalistas escrevam textos sobre ela. Hoje, Flávio Tabak e Mariana Timóteo da Costa, escrevem sobre a cidadã cubana para falar de seu cabelo, vestido e postura de celebridade. Poderiam ter se mantido nesta vibração jornalística, mas não. Dizem eles “em Feira de Santana, afirmou (YS) que os responsáveis pelo espancamento eram profissionais e não deixaram marcas visíveis. Diante das suspeitas – criveis ou não – de que seria espionada por Cuba ou espiã da CIA, YS Mantém o sorriso.
Esvaziar SANCHES, deixa-la sem nada, roupa, cabelo mas, principalmente o que ela tem a dizer. Colocá-la sob suspeita, em dúvida, como se ela usasse o photoshop para modelar os fatos.
No caso Rousseff, há verdade no que ela disse, no de Sánchez não. Levar YS para um salão de beleza, falando de suas roupas, semelhanças como cantoras brasileiras é um modo sutil de esvazia-la. Não creio que os repórteres estejam sendo intencionais ao faze-lo, mas captaram bem o espírito da coisa por aqui. Há um desejo de que Cuba se mantenha nos corações, como escreveu Cacá Diegues. Mas no coração de quem, e a serviço do que? A canonização cubana, santificada pelos seus mártires marketizados”, atesta um pensamento frágil que depende de ditadores e libertários para poder existir. Vamos brincar de policia e ladrão? “, perguntou um menino para seus amigos. Um grupo prontamente respondeu: Eu quero ser policia, e o outro ladrão. O mundo havia se reduzido a isto, e qualquer empenho para sinalizar que ele é bem maior, tanto para a policia quanto para o ladrão, era motivo de morte. YS causa um desconforto por não querer ser policia, ou ladrão, quer ser outra coisa. A policia e o ladrão se uniram para acabar com YS, pois ela sinaliza que quer viver sua vida esteja onde estiver. Muita gente não suporta isto. YS é uma mulher de seu tempo, seus passos nos levam a buscar outras palavras para dizer o que se estabeleceu ser dito exclusivamente pelo que diz um ditador, quer esteja ele de farda ou usando disfarce de palhaço.
SN
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