Eu sabia que nenhum deles poderia me dizer
onde eu estava.
Como poderiam, se nenhum deles havia estado
ali?
O que me fazia sentir que eu estava onde me
encontrava, era exatamente isto: entender que somente eu poderia saber de mim
mesmo.
Embora nem eu mesmo soubesse que lugar era
aquele,
Pois eu não conhecia um nome para dizê-lo.
Pois eu não conhecia um nome para dizê-lo.
Ele se materializava através da angustia
que me causava.
Depois de algum tempo, descobri que o fundo
nunca terá palavras para dizê-lo. Ele é o que em mim foi furtado de
saber.
Percebi que estava só. Apenas eu poderia encontrar nomes para dizer-me.
Passado a angustia, ouvi a musicalidade do fundo.
Eu pude escuta-la e quando isto aconteceu, vi tudo diferente do
que me haviam dito.
Eu me divertia batendo o martelo no silêncio
até que dele, uma palavra nascesse.
A estranheza a e solidão, devagarinho construíram meu mundo.
E nele só conseguia entrar quem o entendia,
Não era preciso defende-lo dos
invasores.
O fundo me mostrou o essencial para o meu
viver:
Amizade, alegria e o desejo de querer me
ver no outro bem.
Toda vez que eu ia ao fundo, meu mundo crescia.
SN
Carnaval/2013
Carnaval/2013
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