
A linguagem é notória por sua capacidade de criar mundos, inventar conjecturas e permitir que o sujeito se esconda atras dela. O querido Freud, sabendo disto, aproximou a linguagem da lei, apontando o ACORDO que tem que ser feito para que o sujeito, ao falar, não fale do que se passa dentro de si para dizer o que diz. A lei, como a palavra, protege o sujeito de si mesmo quando o livra de suas próprias pressões. A pressão das multidões é o que coloca Celsão próximo do que há de mais sujo, nojento e "eschatologique" na "corte" que transita pelos PALÁCIOS de Brasilia. Não se submeter a tal pressão, é negar que seu salário é pago pelo sujo, pelo popular, como uma tentativa para se afastar da "sujeira" com a qual convive diariamente na "corte". Ela que se sustenta no que há de mais perverso e sórdido: roubo, desvio de dinheiro público, uso do estado em benefício próprio. Por esta razão, seu dito esconde a pureza reivindicada através da imparcialidade, isenção e independência da lei. Assim, ilusoriamente, se sente salvo da lei do desejo que o coloca dentro da sujeira com a qual convive diariamente. Uma vez sentindo-se purificado, sorri.
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